domingo, 23 de agosto de 2009

Áreas de Preservação Ambiental - tipos de vegetação:


FLORESTA PRIMÁRIA – floresta clímax ou mata virgem é a floresta intocada, ou aquela em que a ação humana não provocou significativas alterações das suas características originais de estrutura e de espécies.
A Mata Atlântica primária caracteriza-se pela grande diversidade biológica, pela presença de árvores altas e grossas, pelo equilíbrio entre as espécies pioneiras, secundárias e climáticas, pela presença de grande número de bromélias, orquídeas, cactos e outras plantas ornamentais em cima da árvores.

FLORESTA SECUNDÁRIAS – São aquelas resultantes de um processo natural de regeneração da vegetação, em áreas onde no passado houve corte raso da floresta primária. A floresta ressurge espontaneamente após o abandono de atividades de agricultura e pastagem.

CAPOEIRINHA OU ESTÁGIO INICIAL DE REGENERAÇÃO – A capoeirinha surge logo após o abandono de uma área agrícola ou de uma pastagem. Esse estágio geralmente vai até seis anos, podendo em alguns casos durar até dez anos em função do grau de degradação do solo ou da escassez de sementes.
Nas capoeirinhas geralmente existem grandes quantidades de capins e samambaias de chão. A altura média das árvores em geral não passa dos 4 metros e o diâmetro de 8 centímetros.

CAPOEIRA OU ESTÁGIO MÉDIO DE REGENERAÇÃO – A vegetação em regeneração natural geralmente alcança o estágio médio depois dos seis anos de idade, durante até os 15 anos. As árvores atingem altura média de 12 metros e diâmetro de 15 centímetros.
Nas capoeiras a diversidade biológica aumenta, mas ainda há predominância de espécies de árvores pioneiras, como as capororocas, ingás e aroeira. A presença de capins e samambaias diminui, mas em muitos casos resta grande presença de cipós e taquaras. Nas regiões com altitude inferior a 600 metros do nível do mar os palmiteiros começam a aparecer.

CAPOEIRÃO OU ESTÁGIO AVANÇADO DE REGENERAÇÃO – Inicia-se geralmente depois dos 15 anos de regeneração natural da vegetação, podendo levar de 60 a 200 anos para alcançar novamente o estágio semelhante à floresta primária. A diversidade biológica aumenta gradualmente à medida que o tempo passa e desde que existam remanescentes primários para fornecer sementes. A altura média das árvores é superior a 12 metros e o diâmetro médio é superior a 14 centímetros.
Nesse estágio os capins e samambaias de chão não são mais característicos. Começam a emergir espécies de árvores nobres, como canelas, cedros sapucaias e imbuias.
Nas regiões abaixo de 600 metros do nível do mar os palmiteiros aparecem com freqüência. Os cipós e taquaras passam a crescer em equilíbrio com as árvores.

As áreas de proteção ambiental APA, além de permitir a sobrevivência dos animais e plantas, contribuem para regular o clima, abastecer os mananciais de água e proporcionar qualidade de vida às populações humanas.

MATAS CILIARES – São bem visíveis os efeitos negativos nos rios que não possuem cobertura florestal. Nos períodos de estiagem corre pouca água em seus leitos. Em contrapartida, nas épocas das chuvas ocorrem enchentes e enxurradas. Podemos então dizer que as florestas desempenham um efeito esponja, absorvendo e liberando aos poucos as águas das chuvas, alimentando o lençol freático e, por conseqüência, os cursos d’água.


Art 2º do Código Florestal Brasileiro:

Considera de preservação permanente as seguintes áreas, cobertas ou não por vegetação nativa, localizadas nas áreas rurais e urbanas:

a) ao longo de cada lado dos rios ou de outro qualquer curso de água, em faixa marginal, cuja largura mínima deverá ser:
· de 30 metros para os cursos de água de menos de 10 metros de largura;
· de 50 metros para os cursos de água que tenham de 10 a 50 metros de largura;
· de 100 metros para os cursos de água que tenham de 50 a 200 metros de largura;
· de 200 metros para os cursos de água que tenham de 200 a 600 metros de largura;
· de 500 metros para os cursos de água que tenham largura superior a 600 metros
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios de água naturais ou artificiais;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos chamados “olhos de água”, qualquer que seja a situação topográfica, num raio mínimo de 50 metros de largura;
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou parte destas com declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive;
f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a patrir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 metros em projeções horizontais;em altitudes superiores a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação

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